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Compressão torácica mecânica na parada PCR extra-hospitalar: revisão sistemática e meta-análise

As taxas de sobrevivência das PCR extra-hospitalares são baixas. No Reino Unido, apenas cerca de 7% pacientes que são reanimados sobrevivem até a alta hospitalar. Os principais fatores que melhoram a sobrevida são: desfibrilação precoce e manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP) de boa qualidade.

A qualidade da RCP realizada na PCR extra-hospitalar é muitas vezes abaixo do ideal. Dispositivos mecânicos de compressão torácica fornecem compressões de profundidade e frequência padrão por períodos prolongados sem declínio na qualidade e eliminam a necessidade para os paramédicos de fornecerem compressões torácicas manualmente. Isso permite que eles se concentrem em outros aspectos do atendimento ao paciente, como por exemplo, focar na causa e consequentemente na reversão da parada.

Este artigo é uma revisão sistemática de estudos, entre eles ensaios clínicos randomizados, que avaliaram a eficácia das compressões torácicas mecânicas vs compressões torácicas manuais em pacientes adultos com PCR extra-hospitalar. Os desfechos principais definidos foram retorno a circulação espontanea, sobrevida com bom resultado neurológico (Categoria de Desempenho Cerebral <=2 ou Escala de Rankin Modificada <=3), sobrevivência do evento e sobrevida global.

Foram incluídos 5 ensaios clínicos, dos quais três avaliaram o dispositivo LUCAS ou LUCAS-2 e dois avaliaram o dispositivo AutoPulse. Os resultados não mostraram vantagem para o uso de dispositivos mecânicos de compressão torácica para sobrevida até a alta/30 dias e sobrevida com bom resultado neurológico.

Conclusão do autor: Os estudos existentes não sugerem que os dispositivos mecânicos de compressão torácica sejam superiores à compressão torácica manual, quando usados ??durante a RCP em PCR extra-hospitalar.

Referência: (GATES et al., 2015)